24 de abril de 2008

Amigo

é alguém que te dá
um pedacinho de chão

quando é de terra firme que precisas;
Ou um pedaço do céu se é sonho que te faz falta.

Amigo é mais que mão estendida,
é mente aberta,
coração pulsante,
costas largas...

É aquele que dá e não espera o retorno,
porque o acto de compartilhar já o satisfaz;

É quem já sentiu ou
um dia vai sentir o mesmo que tu;

É aquele que entende o teu desejo de voar e subir;

Fica enfurecido ao ver o teu erro,
embora saiba que perfeição é utopia;

É o Sol que seca tuas lágrimas
e a polpa que adoça teu sorriso.

É quem não tem egoísmo;

Amigo é aquele que toca na tua ferida,
vibra com as tuas vitórias,
ou faz piadas para amenizar os problemas.

Amigo na verdade é quem te ama e ponto final.

É quem tentou e fez;

É quem sorri sem achar motivo aparente,
a ao encontrar aquilo que nem sabias que procuravas.

É aquele que te ouve no telefone com a mesma atenção
de quem está olhando olhos nos olhos.

Amigo é quem ouve e fala com o olhar.

Tem a palavra certa e o olhar expressa dor ou alegria.

É a Lua, a estrela mais brilhante,
a luz que renova a cada instante.

Amigo é aquele que diz "te amo"
sem risco de ser mal interpretado.

É verdade, razão, sonho ou sentimento.

E amigo é para sempre,
mesmo que sempre não exista.
Anónimo

4 comentários:

sónia disse...

E o amigo? Haverá? Assim, tal como o descreves?
bjs
Sónia

P.S. O Blog da Malta II já existe! Dá um saltinho até lá. Preciso mesmo de falar contigo. Quero frequentar um dos teus cursos. Tenho que me organizar ;)
Sónia

Raquel Costa disse...

não sei bem... às vezes está cá, bem presente, outras não o vemos ou sentimos mas acho que o grande defeito de não o encontrar todas as vezes é nosso, estamos demasiado ocupados em sermos nós próprios que não damos espaço.
"Uma pessoa para compreender tem de se transformar."
(Saint-Exupéry)
acredito que para ver um amigo também precisamos de nos transformar todos os dias um bocadinho.

sónia disse...

Tens razão! E até sei que eles existem em quem muito menos esperamos. Essa capacidade de dádiva de que falas, só a encontro na minha mãe. Se calhar tenho que olhar melhor à volta e descobrir outros encantos em quem me rodeia. Às vezes, leva-se com cada pontapé que deixamos de acreditar e transformo-me no lado errado. Penso que terei que me despojar desta sensação de tristeza e desencanto para poder receber outras pessoas no meu coração. Talvez dê demasiado. Acho que estou esgotada de tanto dar de mim. Não sei. As auto-reflexões atropelam-se na minha mente...
bjs
Sónia

Anónimo disse...

Miga que bem explicadinho está isto tudo.
Bjs